segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Iemanjá

Olá, irmãos de axé!




Falaremos agora sobre Iemanjá, a majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Rainha das águas salgadas, protetora das famílias.

Iemanjá na Umbanda

Iemanjá no Candomblé


Sobre Iemanjá



COR: cristal, branco, azul claro

FIO DE CONTAS: contas e miçangas de cristal. Firma de cristal

ERVAS: colônia, pata de vaca, embaúba, abebê, jarrinha, golfo, rama de leite

Pata de vaca




SÍMBOLO: lua minguante, onda, peixes

NATUREZA: mar

FLORES: rosa branca, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos

Palmas Brancas


ESSÊNCIAS: jasmim, rosa branca, orquídea, crisântemo

PEDRAS: pérola, água marinha, lápis lázuli, calcedônia, turquesa

Lápis-Lázuli


METAL: prata

SAÚDE: psiquismo, sistema nervoso

PLANETA: Lua

DIA DA SEMANA: Sábado

ELEMENTO: água

CHACRA: frontal

Localizado entre os olhos


SAUDAÇÃO: Odôciabá

BEBIDA: água, champagne

COMIDAS: peixe, camarão, canjica, arroz, manjar, mamão

NÚMERO: 04

DATA COMEMORATIVA: 15 de agosto ou 02 de fevereiro

SINCRETISMO: Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes

Nossa Senhora dos Navegantes



Os filhos de Iemanjá





Os filhos de Iemanjá são maternais. Transmitem bondade, confiança. São grandes conselheiros, são amorosos, protetores, calmos, tranquilos, discretos e de bom gosto, francos. Não admitem a mentira. Vestem-se com muito capricho. 

Os filhos com juntó em Ogum tornam-se agressivos e radicais. Com juntó em Oxóssi, são calmos e tranquilos.

Os filhos de Iemanjá apreciam luxo, jóias caras e tecidos vistosos. Seus filhos demoram a confiar em alguém; porém quando o fazem, defendem seus amigos no certo ou no errado.

DEFEITO: Ciúmes. Não esquecem uma ofensa ou traição. Não gostam de viver sozinhos






Muito axé!

Até a próxima!

Oxalá

Olá, irmãos do axé!



Vamos começar a falar individualmente sobre cada Orixá. E começaremos por Oxalá, o Orixá maior.

Oxalá na Umbanda



Oxalá no Candomblé



Oxalá traz as memórias de outros tempos, soluções já encontradas  no passado. Não é superior à ninguém. É o orixá que representa o conhecimento.


Oxalá é responsável pela existência de todos os seres. É sinônimo de fé.


Sobre Oxalá


FIOS DE CONTAS: contas e miçangas brancas e leitosas

ERVAS: tapete de Oxalá (boldo), saião, colônia, manjericão branco, rosa branca, folha de algodoeiro, sândalo, malva, patchouli, alfazema, folha de cravo, neve branca, folha de laranjeira

Tapete de Oxalá


SÍMBOLO: estrela de cinco pontas

PONTO DA NATUREZA: praia deserta, colinas descampadas, campos, montanhas

FLORES: lírios brancos ou flores brancas

ESSÊNCIAS: almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira

PEDRAS: diamante, cristal de rocha, pérolas brancas

METAL: prata

SAÚDE: corpo e espírito

PLANETA: Sol

DIA DA SEMANA: Todos, especialmente a Sexta - Feira

ELEMENTO: ar

CHACRA: coronário

O chacra coronário fica no topo da sua cabeça


SAUDAÇÃO:  Epá Babá

BEBIDA: água mineral, vinho branco doce

ANIMAIS: pomba branca, caramujo, coruja branca

COMIDAS: canjica, acaça, mungunzá

Acaça


NÚMERO: 10 e 8

DATA COMEMORATIVA: 25 de dezembro

SINCRETISMO:  Jesus


Os Filhos de Oxalá






São pessoas calmas, tranquilas. Conseguem o respeito. São amáveis, pensativas, algumas vezes autoritários, dedicados e caprichosos. Gostam de centralizar tudo em torno de si.

Defeitos: teimosia, ranzinzice, intolerância, furor pelo debate e argumentação.





Muito axé!

Até a próxima!

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Simbologia na Umbanda

Sempre que pisamos em um terreiro, observamos que as entidades tem no chão, seu ponto riscado. Mas o que é um ponto riscado e qual a importância deles durante uma gira?

Cada entidade que trabalha em terra, risca seu ponto. Pontos riscados são símbolos, riscos que sobre ação dos espíritos, adquirem poderes divinos, capazes de transformar ou criar qualquer energia. 
Descarregam, abrem, fecham, quebram, unem. São também a identificação de cada entidade, sua assinatura. Indicam grau hierárquico, qual sua falange.

Exemplos de Pontos riscados por diferentes entidades



Vamos ver o que significam alguns sinais:


*SOL: representa “tudo”. É o símbolo de Oxalá

*ESPIRAL: para fora indica chamamento de força, retirando demanda. Para dentro, evolução final, o encontro com o espírito, o centro

*SETA RETA: representa a irradiação de Oxóssi (caboclo), energia dirigida

*LANÇA: simboliza força e realização, o combate que transforma, representa grande iluminação, chefia de linha ou legião. Usado por Preto Velho, caboclo de Ogum e linha do Oriente

*ARCO E FLECHA: força espiritual, energia e potência

*MACHADO: representa a busca de equilíbrio

*BALANÇA: simboliza justiça, a força e o poder

*BORBOLETA: símbolo da ressurreição. Pertence à Nanã

*RAIO DUPLO: a força que vem para regenerar

*ESPADA:  representa a busca, a luta do trabalho.  Símbolo ligado á Ogum

*ANCORA: significa esperança

*BANDEIRA: significa ponto de equilíbrio dos contrários

*LUA: representa magia

*CHIFRES: representa força, poder, inteligência

*ESCUDO: isola e defende; simboliza a fronteira entre os adversários

*SERPENTE: quando morde a própria cauda é símbolo de eternidade. Quando livre, representa sabedoria

*CAVEIRA: representa inteligência

*TRIDENTE: simboliza a evolução do espírito

*PUNHAIS: simbolizam chaves que fecham o abismo

*SETE CRUZES: transformação da matéria, a fronteira entre a vida e a morte



Ponto riscado por Pai Benedito das Almas


Existem, no entanto, alguns símbolos mais comuns, usados em quase todos os pontos. São eles:


* CÍRCULO: representa o espírito puro, criador, a consciência humana reconhecendo a eternidade. É um símbolo de totalidade, infinito

* PONTO: representa o ser supremo, a energia concentrada

* CRUZ: é o símbolo que representa a fé, a submissão ao sagrado

* LINHA HORIZONTAL: representa o corpo, a matéria, o lado mundano

* LINHA VERTICAL: representa a alma em busca do retorno ao Criador, o lado divino

* LINHAS SINUOSAS: representam a vibração do mar, a regeneração e os mistérios da vida

* DOIS TRAÇOS CURVOS: duas polaridades: positiva e negativa

* QUADRADO: representa os 4 elementos: terra, fogo, água e ar

* TRIÂNGULO: representa  a força divina, a trindade

* ARCO E FLECHA: é a força espiritual, energia e potência

* ESPADA: representa a alma em busca do criador, a luta, o trabalho, o guerreiro

* CORAÇÃO: representa almas em posições equilibradas, o amor, a doçura

* ESTRELAS: símbolo da verdade, do espírito, da esperança

* ESTRELA DE 4 PONTAS: amor incondicional

* ESTRELA DE 5 PONTAS: proteção e equilíbrio

* ESTRELA BRANCA: representa a luz dos espíritos

* ESTRELA GUIA (com cauda): símbolo da capacidade de acompanhamento



Pembas 


A cor da pemba, o “giz” com a qual se riscam os pontos, também influência na energia. A pemba contém os quatro elementos da natureza (água, terra, fogo e ar) e é uma energia passiva.


 Existem muitos outros símbolos existentes, escolhidos pela entidade e com sua finalidade. Aqui mostramos os mais comuns. 
  Esperamos que ajude!



Muito axé!
Até a próxima!





Fonte:
Genuína Umbanda

Centro Espírita Mata Virgem
Imagens via Google

Cambonos

Hoje vamos falar sobre uma figura muito importante nas giras: o cambono.

Os cambonos na Umbanda


O cambono, ou cambone, é um médium de sustentação. Participa das giras de assistência como auxiliar  dos guias em terra.  É filho do pai e mãe de santo, ou é convidado a participar por alguma entidade.

O cambono sempre se veste de branco. Deve conhecer a localização de tudo na casa, afim de facilitar na hora da gira de assistência.  Normalmente, o cambono auxilia as consulentes (pessoas que buscam ajuda) a entender o que as entidades falam. Anotam recomendações que devem ser tomadas pelo consulente posteriormente, ajudam as entidades buscando produtos necessários para o atendimento, acendem cigarros, oferecem bebidas e comidas para as entidades. São de extrema importância no terreiro, e tem que estar atentos a tudo durante toda a gira.

Alguns cambonos também podem vir a desenvolver sua mediunidade, para que no futuro, trabalhem também, juntamente com suas entidades, atendendo os consulentes.

O cambono também é responsável pela energia do terreiro, tendo que manter seu pensamento firme durante toda a gira.

Os cambonos, bem como os médiuns atendentes ou em desenvolvimento, deve ser comprometidos com a casa em que trabalham. Devem saber os fundamentos e respeitar o espaço sagrado. Participar das reuniões, ensinamentos e giras de assistência é primordial para que a energia da casa se mantenha.  Deve aprender sobre os orixás, entidades, o templo.

Os cambonos não podem ter  nenhum tipo de preconceito, afinal, Umbanda é uma religião aberta à todos. Deve ter muita discrição com o que ouve, e manter sempre para si os problemas ouvidos durante as giras.  Deve agir em sua vida privada como age no terreiro: focado e sensato, evitando assim a aproximação de entidades de baixa energia.

Não é fácil ser cambono. Porém é gratificante sentir, ao final de cada gira, a sensação de dever cumprido. De saber que ajudamos ao próximo, que praticamos a caridade.




Muito axé para todos!
Até a próxima!



Terreiro - Cumprimentos, Postura e Vestuário

Hoje vamos falar brevemente sobre o que é um terreiro, e a importância e o porque de se usar guias e roupas brancas durante as sessões.

O terreiro (palavra originada do latim “terrerium”), é o local onde se realizam as sessões religiosas, ou giras, e onde são feitas as oferendas aos Orixás. São locais escolhidos e cuidadosamente planejados para receber pessoas e dar atendimento, baseados nos fundamentos da Umbanda.

Cada terreiro possui seu “pai de santo” ou “mãe de santo”, o dirigente da casa. E em cada gira, há uma rotina a ser seguida.

Imagens retiradas da internet
Terreiro de Umbanda


Primeiro, vamos conhecer os pontos mais conhecidos  de um terreiro:

- Tronqueira: Dá firmeza para o Exu guardião da Casa
- Casinha de Exú:  É o assentamento dos Exús médios e das oferendas feitas ao mesmo
- Cruzeiro das Almas: Oferenda dos pretos velhos, onde acendemos velas para os desencarnados
- Casa de Obaluaiê: Assentamento de Obaluaiê
- Congá:  é o altar, onde ficam as imagens de entidades e Orixás
- Atabaque: onde ficam os instrumentos musicais juntamente aos ogãs (pessoas que tocam durante a sessão)

Casinha de Exú

 
Congá
(Altar)

Atabaques



Sempre que chegamos no terreiro, devemos saudar a Casinha de Exu. E assim que pisamos em solo sagrado, devemos saudar o espaço primeiramente, e na sequência o Congá. Normalmente, saudamos a casinha do Exú com as palmas cruzadas para baixo, chacoalhando três vezes. O solo saudamos tocando o chão com a mão direita e fazendo o sinal da cruz na sequência. E o Congá, cada filho tem sua saudação pessoal.


Assistência são pessoas que buscam auxílio e conforto na religião


Inicialmente, a assistência chega e senta em um espaço separado de onde acontecerá a  sessão. O local da gira é um espaço sagrado, portanto somente após a defumação e inicio da gira é que as pessoas podem entrar. Os filhos da casa se preparam e a gira tem início. Cada terreiro comanda sua gira de uma maneira diferente. No meu terreiro, por exemplo, começamos com a defumação de todos, rezamos, abrimos a gira, cantamos para os orixás e chamamos as entidades. As entidades incorporam ao som do atabaque. Primeiro o pai ou mãe da casa, e na sequência os médiuns. Ao final dos atendimentos, fecha-se a gira, agradecendo a força dos orixás e das entidades que trabalharam naquele dia. Na saída, temos por hábito sair de “costas” para a rua, para não pegar energias negativas, e também em sinal de respeito ao Congá.


Defumador


Quando falamos de vestuário, todos os filhos da casa usam branco. Exceto nos dias de algumas giras especificas, como ciganos, exus, pomba gira, malandro. É permitido o uso de acessórios caso suas entidades solicitem, porém, o que deve ficar bem claro, é que a força de uma entidade deve vir dela, e não de objetos que possivelmente o médium carregue.




A não ser que sua entidade utilize algum adereço, não é aconselhável o uso de bijuterias para os médiuns que incorporam. Elas atraem energias ruins.

O branco significa unidade e fraternidade. E os médiuns ficam de pés no chão., para tocar o solo em sinal de humildade e simplicidade. É mais ou menos como um para raio natural, que dissipa no solo todas as energias negativas.

Fios de contas ou Guias
É individual e único.


Cada médium usa seu “fio de contas” ou “guia”, pedido por sua entidade e Orixá, nas cores que eles vibram, com adereços que eles solicitam. As guias tem poder de elevação mental, facilitando a sintonia entre o médium e a entidade. No caso de energias negativas, elas absorvem, arrebentando muitas vezes. São sempre longas, ficando abaixo do umbigo.


Depois da nossa visão geral sobre um terreiro,  veremos no  próximo post uma explicação sobre uma figura muito importante no terreiro: o cambono. Até lá!


Muito axé para todos!






Imagens via Google


As Sete Linhas na Umbanda

Como já vimos anteriormente, na Umbanda trabalhamos sob a regência dos Orixás. E juntamente à eles, nos auxiliando nas consultas, temos os espíritos que chamamos de entidades ou guias. E cada entidade ou guia pertence à uma linha, comandada por um Orixá diferente.

Uma linha de vibração equivale a um grande exército de espíritos, que obedecem à um Chefe (Orixá). Cada espírito vibra na linha desse orixá, executando um tipo de trabalho diferenciado, como veremos mais adiante, e separadamente.



As  7 linhas de Umbanda com as quais trabalhamos são:

1)      Linha de Oxalá
2)      Linha de Iemanjá
3)      Linha de Xangô
4)      Linha de Ogum
5)      Linha de Oxóssi
6)      Linha de Yori (Ibeji – Crianças)
7)      Linha das Almas (Yorimá – Preto Velhos)


 Os orixás nunca encarnaram na terra. Cada um estende sua vibração e ordenação à sete entidades denominadas Orixás Menores. Estas designam mais sete, que se subordinaram à ela. E assim sucessivamente, até chegarmos às entidades com as quais trabalhamos em terra.

Cada linha compõe-se de sete legiões, sendo que cada legião tem seu chefe. E cada legião divide-se em sete falanges, que se subdividem em sete  sub-falanges, sempre tendo um chefe coordenado cada uma delas.

linha de Oxalá representa o princípio. É a luz que coordena as demais vibrações. As entidades dessa linha são calmas, se expressam com elevação. As entidades dessa linha são mais difíceis de trabalhar hoje em dia. O astro que rege essa linha é o Sol. O guardião é o Arcanjo Gabriel.

A linha de Iemanjá, também conhecida como “povo das águas”, gostam de trabalhar com água salgada, água do mar, fixando suas vibrações de maneira serena.  O astro que rege essa linha é a Lua. O guardião é o Arcanjo Rafael.

A linha de Xangô, que é o Orixá coordenador da Lei kármica, dirigente das almas e senhor da justiça, tem seu ponto forte em montanhas, pedras, cachoeiras .  O astro que rege essa linha é Júpiter. O guardião é o Arcanjo Miguel.

A linha de Ogum, linha das batalhas da vida, é a linha que protege os guerreiros. Os caboclos de Ogum andam de um lado para outro e falam de maneira firme.  O astro que rege essa linha é Marte. O guardião é o Arcanjo Samuel.

A linha de Oxóssi, caçador das almas, tem entidades que falam de maneira serena, que dão passes calmos, bem como seus conselhos e trabalhos. A força dessa linha está na natureza, principalmente na mata.  O astro que rege essa linha é Vênus. O guardião é o Anjo Ismael

A linha de Yori, composta por entidades altamente evoluídas, incorporam de maneira infantil, de modo sereno, gostam de sentar no chão e comer doces. Aqui encontramos as crianças, os “êres”. O astro que rege essa linha é Mercúrio. O guardião é o Anjo Yoriel.

A linha de Yorimá, que é a linha das almas, é a linha dos primeiros espíritos enviados para combater o mal. São os Orixás velhos, os Pretos velhos, que ensinam mirongas. Trabalham sentados, fumando cachimbos. Os espíritos tem a missão de combater o mal  e suas manifestações.  São os vovôs e vovós da Umbanda. O astro que rege essa linha é Saturno. O guardião é o Anjo Iramael.




Nos próximos posts veremos separadamente cada linha, e a história de algumas entidades que trabalham nelas.


Mas se você tem curiosidade de saber como chegamos até aqui, a divisão das sete linhas que conhecemos hoje, pode ler a história completa aqui:



Boa leitura!



Muito Axé irmãos!
Até a próxima!!




Fonte: Centro Espírita Urubatan

             Povo de Aruanda

Cores e Saudações dos Orixás




Já sabemos que cada Orixá tem relação com um elemental específico: fogo, terra, água ou ar. Assim sendo, tem também sua cor característica.  Lembrando que, de acordo com o seguimento de sua religião, a cor pode variar. Ou seja, se na Umbanda a cor de Xangô é marrom, no Candomblé poderá ser vermelha.

Veremos agora as saudações e as cores para cada Orixá:


Oxalá
Cor: Branco
Saudação: Epá Babá

Iemanjá
Cor: Branco e Azul
Saudação: Odoyá

Nanã
Cor: Roxo
Saudação: Saluba Nanã

Oxum
Cor: Amarelo
Saudação: Ora yêyê-ô

Oxumarê
Cor: Verde e Amarelo
Saudação: Arrobobô

Ogum
Cor: Vermelho ou Azul
Saudação: Ogum yê

Ibeji
Cor: Rosa e Azul
Saudação: Oni Ibejada

Xangô
Cor: Marrom
Saudação: Kaô Cabecile

Iansã
Cor: Amarelo ou Vermelho
Saudação: Eparrei Oyá

Oxóssi
Cor: Verde
Saudação: Okê Arô

Ossãe
Cor: Verde e Branco
Saudação: Euê-a

Obaluaiê
Cor: Branco e Preto
Saudação: Atotô



Sempre que cantamos para um Orixá, ou no momento de sua chegada, podemos saudá-los. E suas cores são usadas na confecção de guias de proteção, usadas nas giras, ou até mesmo em detalhes no dia a dia, quando queremos sentir a presença deles conosco.




Muito axé!
Até a próxima!

sábado, 1 de outubro de 2016

Os Orixás



Há muitos anos, os africanos tinham a crença de que haviam espíritos, forças sobrenaturais, que de tão fortes, poderiam colocar em risco a vida humana. E para aplacar a fúria desses espíritos, eles ofereciam sacrifícios (comidas) afim de acalmar a ira desses espíritos e conquistar assim a paz. 

Tornaram-se submissos à essa crença, e assim sendo, começaram a cultivar essas divindades, cada qual relacionada à algo da natureza, como por exemplo, “Deus do Trovão”,  “Deusa da Fertilidade”. E mais tarde, as divindades começaram a atender pelo nome de Orixás.



Os Orixás são espíritos que inspecionam, comandam e fornecem a energia constante que precisamos para criar, manter e modificar a evolução do planeta. Estão associados aos quatro elementos: fogo, terra, água e ar. São os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza.


A palavra ORIXÁ significa “dono da cabeça”.  E cada filho de fé tem o seu próprio Orixá, que é responsável pelo equilíbrio físico, emocional e energético dos nossos corpos físicos.
Logo que nascemos, o Orixá que será responsável pelo nosso Ori (cabeça), começa a definir nossa personalidade, o nosso arquétipo. Ele vai nos influenciar e acompanhar por toda a vida. Por exemplo, filhos de Iansã são agitados, se provocados não contem a ira, são batalhadores, guerreiros. Por outro lado, filhos de Iemanjá são mais calmos, maternos, choram bastante, porém são batalhadores. E nunca provoque um filho de Iemanjá achando que ele vai somente chorar; você irá se surpreender!

Existe sempre um Orixá que toma a frente da nossa cabeça, e à ele chamamos de “Pai ou Mãe de Cabeça”. E junto à ele trabalham outros Orixás, que se juntam como secundários, auxiliares, que chamamos de “Juntós”.

Cada filho de Umbanda não recebe influência somente de seus Orixás. E quando isso acontece, chamamos de afinidade espiritual. Por exemplo: A pessoa é filha de Iansã, tendo Xangô como juntó, mas pode ser auxiliada por Oxóssi, que não é seu Orixá, mas que por alguma razão, se sente ligado á ela. Então Oxóssi é o Orixá por afinidade espiritual.


Os Orixás ligam-se diretamente aos elementais. São espíritos de atração mais próximos à nós, semelhantes à forma humana, com grande energia. Temos elementais da terra, água, fogo e ar. E assim, cada Orixá recebe influência de um elemento específico, como veremos a seguir:

OXALÁ: elemento ar
IEMANJÁ – NANÃ: elemento água
OGUM – IBEJI: elemento fogo
OXÓSSI – OSSÃE: elemento terra
XANGÔ – IANSÃ: elemento fogo
OXUM – OXUMARÊ: elemento água
OBALUAIÊ – OMOLU: elemento terra

Os Orixás possuem diferentes classificações, porém, trabalhamos com os Orixás Ancestrais, que se subordinam à Jesus.

Os orixás cultuados,  que podem ser pais ou mães de cabeça, são Oxalá, Obaluaiê, Ogum, Oxóssi, Xangô, Iansã, Iemanjá, Nanã e Oxum.

 Existem outros Orixás, que também podem assumir o Ori de um filho. São eles Exu, Obá, Ewa, Logun-Edé, Iroko, Ossãe, Oxumaré, Tempo, Orumilá, Ifá e Ibeji. Como na Umbanda não se joga búzios, não conseguimos ver direito se algum desse Orixás assumiram o Ori de seus filhos. Então, pela sua personalidade, atribui-se um dos Sete Orixás inicialmente citados.






Muito axé para todos!

O que é Umbanda?

Muitos julgam nossa religião, mas não se dão conta de que ela somente existe para ajudar. Seja a evolução espiritual de cada um, seja no plano encarnado, onde praticamos a caridade.


Segundo o dicionário Aurélio:

Verbete: Umbanda
1.       Forma cultural originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano, magia branca
2.       Grão – sacerdote que invoca espíritos e dirige as cerimônias da macumba

Umbanda é religião!

E o que seria religião? A palavra religião vem do latim "religare", que significa religar-se com o divino, com o espiritual, com o astral. Todos nós possuímos dentro de nós o "divino", independente da crença que sigamos. E a religião serve para nos ensinar como nos ligarmos novamente à isso, ao espiritual, a fé.

A Umbanda cumpre a função religiosa de nos levar à reflexão de nossos atos, sobre como devemos reformular nosso comportamento, nos aproximando da prática de amor à Deus, melhorando assim, a maneira como vivemos nessa terra. É uma religião que tem fundamentos. Baseia-se no culto à Orixás as sete linhas de trabalho, e seus servidores: Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos, Linha          D´Água, Ciganos e Exús. Organizados em linhas, cada um tem sua função característica e sua forma própria de trabalhar, porém todas elas subordinam-se aos Orixás, e consequentemente, à um Orixá superior, Oxalá, nosso pai maior, Deus.

O que chamamos de Trilogia Carismática Da Umbanda nada mais é que negros, crianças e índios, que morreram escravizados há muitos anos, e que hoje, incorporam para ajudar pessoas com seus problemas e suas dificuldades.

A história nos conta que, para preservar sua religião, tão julgada pelos senhores, muitos negros e índios associavam suas crenças a santos católicos, o que chamamos de Sincretismo Religioso. Assim conseguiam burlar a opressão que sofriam cada vez que demonstravam sua fé, e evitavam que os senhores da época tentassem convertê-los àquilo que eles não acreditavam.

Por volta de 1889 começou a se firmar uma Corrente Astral, aberta à todo e qualquer espírito de boa vontade que quisesse praticar a caridade, surgindo assim as linhas de trabalho e suas falanges.

A Umbanda se diferencia do Candomblé por possuir grande flexibilidade ritual e doutrinária. Cada espírito trouxe um pouco de si: o negro trouxe o africanismo; o índio os elementos de pajelança, cura; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; os orientais a sua ritualística. Na Umbanda não se faz magia negra, somente magia branca, ou seja, trabalhamos para melhorar a vida alheia, elevar o espírito, corrigir falhas, praticar o bem e ajudar o próximo, sem nunca esperar ou pedir nada em troca.

Cada filho de Umbanda tem seus Orixás e seus guias, e entre eles um guia chefe, responsável pela nossa vida espiritual, que vai nos ensinar e auxiliar ao longo de nossa caminhada.

Algumas características presentes na Umbanda, que a caracterizam:

* Os filhos de fé usam sempre branco, exceto em trabalhos específicos
* Possuímos um altar com imagens, organizadas no que chamamos de Congá 
* As sessões acontecem em um espaço que denominamos terreiro, que é defumado (limpo), e onde cada filho se concentra para trazer luz e paz para a corrente de trabalho
* Na Umbanda também prestamos serviços sociais
* Nossa finalidade ao final de cada sessão é ajudar na cura espiritual e material de cada pessoa que pisar lá. O objetivo é fazer com que cada pessoa saia melhor do que entrou
* Também batizamos, consagramos e casamos


Cada sessão (gira) acontece de uma maneira diferente, porém todas com muita luz, paz e alegria. E é assim que encerramos o post...desejando à vocês muita luz e muita paz!


Axé!

Bem Vindos!

Axé, filhos de fé!


Como é difícil hoje em dia encontrarmos bons materiais de estudo para entendermos um pouco mais sobre essa religião linda que é a Umbanda.

Pensando nisso, decidimos fazer esse blog, com um pouco de história, ensinamentos e experiências que vivemos na pele, trabalhando em um terreiro, convivendo com nosso mentores,  e  com nossos pais e mães da casa, que sempre nos auxiliam nas dificuldades, nos mostrando que, hoje, a base para qualquer trabalho bem feito é o estudo, além é claro, de sites que nos auxiliaram ao longo dessa caminhada. 

A cada post vamos trazer uma explicação breve, porém completa de cada ponto abordado na Umbanda. Dividir com vocês tudo aquilo que vimos na teoria e vivemos na prática, para desmistificar essa religião à qual nos entregamos de corpo e alma.

Esperamos que gostem. Esperamos que, de coração, tudo que for lido aqui, lhes seja útil de alguma maneira. Esperamos comentários, críticas, sugestões. Tudo que puder nos ajudar a crescer e evoluir.

Boa leitura!
Muito axé!
A equipe