quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Terreiro - Cumprimentos, Postura e Vestuário

Hoje vamos falar brevemente sobre o que é um terreiro, e a importância e o porque de se usar guias e roupas brancas durante as sessões.

O terreiro (palavra originada do latim “terrerium”), é o local onde se realizam as sessões religiosas, ou giras, e onde são feitas as oferendas aos Orixás. São locais escolhidos e cuidadosamente planejados para receber pessoas e dar atendimento, baseados nos fundamentos da Umbanda.

Cada terreiro possui seu “pai de santo” ou “mãe de santo”, o dirigente da casa. E em cada gira, há uma rotina a ser seguida.

Imagens retiradas da internet
Terreiro de Umbanda


Primeiro, vamos conhecer os pontos mais conhecidos  de um terreiro:

- Tronqueira: Dá firmeza para o Exu guardião da Casa
- Casinha de Exú:  É o assentamento dos Exús médios e das oferendas feitas ao mesmo
- Cruzeiro das Almas: Oferenda dos pretos velhos, onde acendemos velas para os desencarnados
- Casa de Obaluaiê: Assentamento de Obaluaiê
- Congá:  é o altar, onde ficam as imagens de entidades e Orixás
- Atabaque: onde ficam os instrumentos musicais juntamente aos ogãs (pessoas que tocam durante a sessão)

Casinha de Exú

 
Congá
(Altar)

Atabaques



Sempre que chegamos no terreiro, devemos saudar a Casinha de Exu. E assim que pisamos em solo sagrado, devemos saudar o espaço primeiramente, e na sequência o Congá. Normalmente, saudamos a casinha do Exú com as palmas cruzadas para baixo, chacoalhando três vezes. O solo saudamos tocando o chão com a mão direita e fazendo o sinal da cruz na sequência. E o Congá, cada filho tem sua saudação pessoal.


Assistência são pessoas que buscam auxílio e conforto na religião


Inicialmente, a assistência chega e senta em um espaço separado de onde acontecerá a  sessão. O local da gira é um espaço sagrado, portanto somente após a defumação e inicio da gira é que as pessoas podem entrar. Os filhos da casa se preparam e a gira tem início. Cada terreiro comanda sua gira de uma maneira diferente. No meu terreiro, por exemplo, começamos com a defumação de todos, rezamos, abrimos a gira, cantamos para os orixás e chamamos as entidades. As entidades incorporam ao som do atabaque. Primeiro o pai ou mãe da casa, e na sequência os médiuns. Ao final dos atendimentos, fecha-se a gira, agradecendo a força dos orixás e das entidades que trabalharam naquele dia. Na saída, temos por hábito sair de “costas” para a rua, para não pegar energias negativas, e também em sinal de respeito ao Congá.


Defumador


Quando falamos de vestuário, todos os filhos da casa usam branco. Exceto nos dias de algumas giras especificas, como ciganos, exus, pomba gira, malandro. É permitido o uso de acessórios caso suas entidades solicitem, porém, o que deve ficar bem claro, é que a força de uma entidade deve vir dela, e não de objetos que possivelmente o médium carregue.




A não ser que sua entidade utilize algum adereço, não é aconselhável o uso de bijuterias para os médiuns que incorporam. Elas atraem energias ruins.

O branco significa unidade e fraternidade. E os médiuns ficam de pés no chão., para tocar o solo em sinal de humildade e simplicidade. É mais ou menos como um para raio natural, que dissipa no solo todas as energias negativas.

Fios de contas ou Guias
É individual e único.


Cada médium usa seu “fio de contas” ou “guia”, pedido por sua entidade e Orixá, nas cores que eles vibram, com adereços que eles solicitam. As guias tem poder de elevação mental, facilitando a sintonia entre o médium e a entidade. No caso de energias negativas, elas absorvem, arrebentando muitas vezes. São sempre longas, ficando abaixo do umbigo.


Depois da nossa visão geral sobre um terreiro,  veremos no  próximo post uma explicação sobre uma figura muito importante no terreiro: o cambono. Até lá!


Muito axé para todos!






Imagens via Google


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